quarta-feira, 5 de março de 2008

Terça-Feira, 29 Janeiro de 2008

Chegado o dia 29 lá fomos. Primeiro fomos á Faculdade de Medicina do Porto tirar o sangue para o estudo dos cariótipos. Aqui aconteceu uma situação caricata. Quando chegamos ainda faltava uns 15 minutos para as 9h. Bati á porta, ninguém falou. Pensei que ainda não tinham chegado. Passados alguns minutos uma Sr.ª abriu a porta e disse:
_ Pode entrar a porta está aberta.
Eu respondi:
_ Sim. Vou só chamar o meu marido. (Afastou-se uns 3 ou 4 metros).
Nisto a Sr.ª fecha a porta.
Assim que o meu marido chega ao pé de mim eu disse que já podíamos entrar e abri a porta. Entrámos num corredor que só tinha portas e não sabíamos onde nos dirigir. Até que a Sr.ª ouviu as nossas vozes e disse de onde estava:
_ Podem entrar.
Nós seguimos a voz dela e lá fomos.
Mandou-nos sentar. Enquanto arrumava a secretaria, nós ficámos em silêncio e eu ia tirando as credenciais dos exames.
Ela estendeu a mão e entreguei-as. Perguntou-me o nome todo, a morada e o número do telemóvel. Ao meu marido só lhe perguntou o nome completo.
Passou uma nota de pagamento, para nos dirigirmos á secretaria e mandou o meu marido entrar para uma salita improvisada onde lhe retirou o sangue.
Eu fiquei com a nota de pagamento na mão e á espera da minha vez. Enquanto isso ia lendo o que teria de pagar. Achei estranho ser apenas análises clínicas porque mais abaixo estava o estudo dos cariotipos que custava cerca de 180€, e nós tínhamos que pagar 1,60€. Pensei que a Sr.ª sabia o que estava a fazer, afinal estava tudo explicadinho nas credenciais!
A seguir fui eu tirar o sangue. Ela mal falava e olhava as pessoas. Parecia estar com sono. O meu marido até disse que ela estava era “ganzada”…

Depois disto fomos para a nossa consulta na clínica onde fiz a ecografia e a seguir a histeróscopia, não doeu nada.
O Dr. C. medicou-me com um antibiótico para tomar 1 comprimido durante 3 dias. Esclareceu-me que a histeróscopia é um exame muito evasivo e este medicamento iria prevenir uma possível infecção.

Ao chegar a casa fui buscar o meu telemóvel que o tinha deixado esquecido no meu quarto. Tinha muitas chamadas não atendidas de um número que não conhecia. Como tinha o almoço para fazer não liguei importância e esperei que ligassem de novo.
Passados uns 10 minutos o telemóvel toca. Atendi. Era a Sr.ª da Faculdade de Medicina a perguntar-me pelo meu marido. Disse-me que precisava que ele lá voltasse porque precisava de tirar mais sangue… “Mais sangue?” perguntei eu atónita! _ “Sim”…respondeu a Sr.ª _ “Esqueci-me de tirar o sangue para o estudo do cromossoma Y…”
Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir…e passei o telemóvel ao meu marido.
Ele respondeu que agora não podia voltar ao Porto, pois tinha que ir trabalhar…
Então a Sr.ª teve a ideia de mandar o tubinho pelo correio, o meu marido ia a um laboratório perto da nossa casa e depois reenviava o tubinho pelo correio.
Assim fez.
Nós nem queríamos acreditar no que estava a acontecer. Eu lembrei-me das palavras do meu marido: “_ Ela parece que está ganzada.”
Pelos vistos estava mesmo!! Com todos os documentos na frente dela e “esqueceu-se” de tirar o sangue … parecia uma anedota sem piada.
Espero sinceramente que este tipo de episódios não se repita.

Sem comentários: