sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Recuando a Dezembro de 2008 / 2º tratamento

Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Passaram 9 meses desde o 1º tratamento e;

Tivemos a nossa 1ª consulta na Maternidade Júlio Dinis. Além de termos sido consultados pela Drª Luísa Sousa, estivemos também com uma Psicóloga a Dr.ª Mónica. Achei muito bem esta iniciativa da Maternidade de ter uma psicóloga para nos acompanhar sempre que seja necessário, falha que houve no privado e que senti bastante falta, principalmente depois de ter o infeliz resultado do tratamento.

Confirmou-nos que melhor tratamento para nós é o ICSI. Passou-me então uns exames para fazer ao 3º dia da menstruação. Ao Carlos também lhe pediu alguns exames.
Aproveitei para perguntar se o Carlos teria de voltar a tomar a medicação que tomou no 1º tratamento, respondeu-me que depois podia ser que lhe receitasse alguma coisa.

Esta consulta foi também aproveitada para fazer o papanicolau.



Segunda-feira, 9 de Março de 2009

Hoje a consulta foi bastante rápida! A Drª Luísa perguntou-nos se já sabíamos em que constava o tratamento; nós respondemos que sim pois já tínhamos feito 1! Então já estamos a falar a mesma língua, disse a médica, ao mesmo tempo que nos deu o termo de responsabilidade para levarmos para casa lermos e assinarmos.
Deu-me ainda um guia de tratamento, uma receita de puregon 900 e Pen (caneta para dar as injecções), para começar o tratamento no próximo 2º dia da menstruação.
Acrescentou ainda que o exame Papanicolau que fizera na última consulta estava bem. Ainda antes de sair do consultório pediu-me que liga-se a no 2º dia da menstruação para marcar a 1 ecografia de controlo que será ao 5º dia.


Já de regresso a casa lembrei-me que não tinha receitado nada ao Carlos….liguei para a médica e ela disse para não tomar nada!...

Este tratamento teve muitas diferenças do outro, desde a medicação até ao efeito da mesma… tenho a esperança que o resultado final também seja diferente.



Terça-feira, 31 de Março de 2009

A melhor data para o início desta nova etapa! (O meu aniversario)

Comecei por iniciar ao 2º dia da menstruação as injecções de Puregon, de 200 UI diário.



Sexta-feira, 03 de Abril de 2009

Fui ao controlo eco gráfico um dia antes da data prevista por calhar a um sábado. Tinha 7 folículos a desenvolver, embora a médica tenha dito que havia uns pequenitos que podia ser que se chegassem a crescer. Contudo baixou-me a dose de Puregon para 150 UI e comecei também com as injecções de Orgulham


Segunda-feira, 06 de Abril de 2009

Na 2ª ecografia, mantinham-se os 7 e a médica disse que estavam bons (mas eu não sei…não estavam assim muito grandes…variavam entre os 10 mm e os 15 mm…suspeito que alguns ainda estariam muito pequenitos para os fazer amadurecer…contudo foi isso que aconteceu…)
Receitou-me só mais uma injecção de Orgalutran para as 17h e outra injecção de Ovitrelle para as 23h30. Para 2 dias depois (4ª feira) ir fazer a punção!

Embora não tenha acontecido tantas peripécias neste tratamento como no 1º, claro que alguma coisa teria de acontecer …e aconteceu…

[Eu sinto-me menos ansiosa que no 1º tratamento, mas sinto-me muito mais nervosa. Ando muito sensível e com qualquer coisa os nervos rebentam. Sinto-me muito frágil e claro com muito medo de mais uma desilusão.
Tenho-me sentido muito cansada e se me deito no sofá adormeço, as noites anteriores a ir às consultas são muito mal dormidas, passo horas sem pôr olho.]

Foi então no dia do 2º controlo eco gráfico (2ª feira) em que tinha que tinha que dar uma injecção às 17h e outra às 23h30, que assim que cheguei a casa, estava exausta e adormeci no sofá até às 18h…! Pois já tinha passado 1 hora…! Não perdi tempo e dei logo a injecção. Claro que a seguir deparei-me com uma dúvida: A que horas deveria, então, dar a injecção de Ovitrelle? Bem, por lógica de ideias se outra foi dada 1 hora depois; então esta também a deveria adiantar 1 hora… O Carlos também teve este raciocínio e como não valia a pena pensar muito mais, assim fizemos.




Quarta-feira, 08 de Abril de 2009
Dia da Punção


Levantei-me, tomei um duche enquanto o Carlos tomava o pequeno-almoço. Eu tinha que ir em jejum.

A punção não seria feita na Maternidade Júlio Dinis, mas numa clínica em Espinho com quem a maternidade tem um protocolo para estes tratamentos.

Dez minutos antes da hora marcada estávamos a chegar á COGE (Clínica de Obstetrícia Ginecológica de Espinho).
Assim que chegou a minha vez, lá fui, apreensiva e muito nervosa. Nunca lá tinha estado e não conhecia ninguém.
Fui então para um quarto onde deixei as minhas roupas e vesti uma bata, uma touca e calcei umas protecções para ir até á sala de operações.

Na sala estavam 3 pessoas: o médico Dr. Barbosa, a enfermeira, e a Dra. Bióloga. Depois entrou o anestesista.

Eu não estava com medo, mas estava muito nervosa devido á conversa prévia que pedi para ter com o médico, para lhe contar aquele episódio das picas de 2ª feira. Ele não me pareceu muito satisfeito com o facto da injecção de Ovitrelle ter sido dada às 00h30 minutos… disse que esta injecção era para fazer a maturação dos folículos que estão nos ovários e para depois serem soltos e serem retirados pelo médico no dia da punção. E para que tudo isto seja bem sucedido é fundamental seguir á risca o numero de horas entre a injecção e a hora da punção… Claro que depois deste tipo de explicação, juntando á minha desconfiança que os meus folículos se calhar não tinham atingido o tamanho suficiente e ao numero reduzido de folículos …. bem… um conjunto de factores que me faziam duvidar se a transferência se ia realizar.
Mas como sempre dou o benefício da dúvida e “armo-me” em forte, cerro os dentes, nunca dou parte de fraca e vamos lá ver até onde sou capaz de ir.

Como levei anestesia geral não senti nada, claro, e só acordei mais ou menos uns 15 minutos depois no quarto onde tinha deixado as minhas roupas. Veio a enfermeira e perguntou-me como eu estava e eu respondi-lhe com sono, ela disse para descansar que depois voltava com um chá e umas bolachinhas. E assim foi. Depois de tomar o chá veio para me tirar o soro, e enquanto o fazia, eu perguntei se a punção tinha corrido bem, ela disse que sim. Aproveitei, então, para perguntar quantos folículos tinham conseguido retirar, a enfermeira disse que seis. Fiquei um pouco mais descansada. Contudo ainda faltava saber quantos é que estavam maduros, quantos iriam fecundar e desenvolverem-se perfeiteitamente?
As respostas as estas perguntas só as iria obter no dia da transferência, portanto, resta-me esperar.
Esta espera dá-me cabo dos nervos. Preciso de respostas às minhas perguntas, e liguei para a clínica na tentativa de dizerem alguma coisa, mas nada. A única coisa que fiquei a saber foi que a transferência estava marcada para as 13h30, mas tinha sido adiada para as 19 horas.
Claro que com tantas dúvidas que já tinha mais uma surgiu, estaria a correr tudo bem ou seria para nos dar alguma má notícia?

Segunda-feira, 13 de Abril de 2009
Transferência


Saímos de casa bem cedo e chegámos 1 hora antes da hora marcada. O Dr. Barbosa chamou por nós cerca de 1h 30 depois e finalmente disse-nos o que eu tanto queria saber.
Que dos 6 folículos retirados fecundaram 4, destes 4 apenas 2 tinham evoluído, contudo destes 2 apenas estava em condições consideradas tecnicamente boas. Acrescentou ainda que este já se encontrava, no que chamavam, no estado amora. O outro estava um bocadinho mais atrasado e que provavelmente seria rejeitado pelo organismo. Mesmo assim transferíamos os 2 embriões.
A transferência foi rápida e indolor. Repousei cerca de 20 minutos. Recomendou-me repouso até ao dia seguinte e que depois poderia fazer uma vida totalmente normal, até correr se fosse necessário.
Caramba…pensei. Prefiro não arriscar, e o descanso será a minha prioridade nas próximas 2 semanas.

Passaram 5 dias desde o dia da transferência e logo pela manhã achei que algo já não estaria muito bem… O creme Crinone que coloco todas as noites, tinha-me sujado as cuequinhas, o que até então ainda não tinha acontecido. Limpei-me melhor e observei o papel e uma parte do creme parecia estar tingido de uma cor-de-rosa muito levezinha, que mal se notava… O primeiro pensamento que me veio á ideia foi o βhcg já está feito. SERÁ?

Sim é verdade... este "beta caseiro" nunca engana...
Mais um negativo, mais um desgosto, mais um luto...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A ideia de adoptar faz cada vez mais sentido

Desde muito cedo esta ideia me agradou, contudo nunca tinha pensado nela de uma forma mais seria.
Agora começa a fazer sentido para mim. Tenho um grande desejo de ser Mãe.
A melhor coisa que me podia acontecer era poder ter um filho biológico e ao mesmo tempo poder ter outro do coração.

Um grande beijinho para ti meu filho estejas tu onde estiveres, sei que um dia virás para casa.